domingo, 14 de junho de 2009

Cultura do medo

Todos os seres humanos têm condições de romper com o medo que, em geral, é impregnado em nossas crenças desde os primeiros momentos da infância.
Será que Deus joga dadinhos para fazer o homem?
Será que Ele escolhe um dia para fazer campeões e outro dia para fazer fracassados?
Será que Ele fica num majestoso trono confabulando:
“Hoje Eu farei uma pessoa que só andará de Audi, conhecerá os lugares mais bonitos do mundo, comerá nos melhores restaurantes, estudará nos melhores colégios, mas amanhã farei somente pobres, pessoas que nunca sairão dos subúrbios, só andarão de ônibus e quando muito estudarão só um pouquinho em escolas públicas.”
Acredito que Deus faça todas as pessoas da mesma maneira.
Com algumas diferenças estéticas, mas com o mesmo estilo de funcionamento, Ele se preocupa com o hardware e deixa a responsabilidade do software para o próprio homem.
Todos nós nascemos da mesma maneira, sem dente, barrigudo, sem cabelo, sem cultura, não sabemos ler nem escrever, mas o fato é que nascemos como uma tela totalmente branca e tudo o que for colocado ali, tanto coisas boas quanto ruins, marcarão nossas vidas.
Cabe aos pais a responsabilidade de programar seus filhos para os desafios que virão fora do útero.
Mas, estão os pais preparados para programar os filhos para tantos desafios que temos no século XXI?
Creio que a resposta seja um doloroso não. Os pais fazem com os filhos o que os pais deles fizeram com eles. Sem pensar se estão certos ou errados fazem exatamente como antes, cantam as mesmas músicas que aprenderam, músicas estas que têm o poder de intimidar qualquer ser pensante.
Vamos refletir sobre algumas delas.
Nana neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça e mamãe foi trabalhar. Bicho papão sai de cima do telhado… Dá para acreditar nisso? Isso na verdade não é para a criança dormir, isso é uma ameaça! É mais ou menos assim: neném, ou você dorme ou a cuca te pega. Tem um bicho papão em cima do telhado e ele quer comer você! E, pior, a criança está sozinha, porque a mãe foi trabalhar e o pai foi pra roça. Acho que quem vai pra roça desse jeito é a criança.
Essa é a cultura do medo, quando a criança não acredita mais no bicho papão e nem na cuca, surge o famigerado homem do saco. Não podíamos sequer ir até a esquina, pois lá estava o homem do saco. Algumas pessoas têm trauma de saco até hoje. E, quando conseguem superar o homem do saco, surge uma figura inquestionável, a prova de qualquer dúvida, queixa ou comentário: Papai do céu. O tal papai do céu vê tudo em todos os momentos e, pior, ele castiga. Começa aí um relacionamento da criança com Deus, mas não com base no respeito e sim do medo. Essa criança vai crescer, temendo seus pais, seus professores, seus chefes, seu cônjuge e, quando tiver filhos, vai ensiná-los a temer a vida.
Mas, se você se encaixa nesse perfil eu tenho uma boa notícia.
É possível mudar esse “destino”, quebrar esse ciclo, tornar-se uma pessoa pró-ativa e educar seus filhos para que eles sejam verdadeiros vencedores, pessoas que acreditam em seu potencial, respeitam seus sentimentos (inclusive o medo), mas não vão deixar de ir à luta só porque tem bicho papão em cima do telhado. Você tem esse poder, mas, quem tem o poder de mudar, tem também a responsabilidade de mudar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Porque eu faço o que eu faço?

Muitos Líderes, Gerentes e Chefes de equipe tem dificuldade para fazer a equipe se identificar com as metas pretendidas pela empresa.
Isso ocorre porque não é feita aos funcionários a pergunta certa:
- Porque eu faço o que eu faço?
Muitas pessoas estão focadas em cumprir metas somente pela pressão exercida pelos seus líderes, mas nunca sentem essas metas como realmente suas.
E o nosso cérebro, complexo, muitas vezes boicota o resultado pretendido porque não assimilou o porque de atingirmos as metas da empresa; Em primeiro lugar temos que entender que não existe meta da empresa, e sim a meta profissional de cada um.
Assim que entendermos o porque de atingir as metas e de preferência superá-las, nosso cérebro não entenderá mais como algo de outrem, e sim um meio de conquistar tudo aquilo que almejamos.
Passem essa visão à sua equipe, façaos entender, e colha os frutos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meta: Prêmio ou castigo?

Tanto no mundo dos negócios como na vida pessoal ter como garantia a possibilidade de uma segunda chance é um grande erro.
Quantos profissionais já passaram noites em claro por causa da curta, mas poderosa, palavra: meta. No mundo corporativo, presidentes exigem dos diretores que exigem dos chefes que exigem dos gerentes que exigem dos supervisores que exigem dos vendedores e, nessa cadeia, todos estão pensando (ou deveriam estar) em uma única e exclusiva questão: bater a meta.
Quando o mês termina, só existem duas possibilidades: ter cumprido ou não a meta estabelecida. Aos que cumpriram, o mês seguinte chega com a certeza de que outra meta deve ser batida, pois é preciso manter um trabalho constante e, se possível, progressivo. Para aqueles que não alcançaram, o objetivo do mês seguinte começa com a certeza de que a meta precisa ser batida, pois é inadmissível não bater a meta por dois meses consecutivos.
No dicionário, uma das definições de meta é: resultado sucessivo a obter na programação de um trabalho. Aí está o problema! A grande maioria das pessoas associa meta ao trabalho e trabalho imposto por alguém, enquanto que o mais apropriado seria que as pessoas tivessem uma meta de vida dividida em curto, médio e longo prazo e fazer da empresa o veículo que a conduzirá para bater sua meta (de vida!). Ou seja, vincular diretamente a meta recebida pela empresa à sua meta. Exemplo: se uma pessoa vende assinatura de revistas, ganha cinqüenta reais por cada uma e tem o objetivo pessoal de comprar um carro de dez mil reais é preciso entender que para ter seu sonho realizado é necessário vender duzentas assinaturas. Simples assim!
É um erro pensar em meta como um castigo. É importante entender que meta é o alvo, o objetivo a ser alcançado e, para isso, é necessário seguir alguns passos:
1º - Ação: Muitos profissionais da área comercial confundem movimento com ação. Saem de casa, visitam clientes, fazem relatórios e no final do dia não têm uma venda efetuada. Isso não é ação, isso é movimento. O que diferencia ação de movimento é resultado. Todo profissional deve viver pensando em resultado.
2º - Decisão: O que um profissional da área comercial precisa entender é que sua decisão de cumprir a meta independe dos fatores externos. É importante que não se deixe levar por boatos, queixas, reclamações ou lamúrias e entender que uma vez tomada a decisão ela tem que estar acompanhada da ação, pois decisão sem ação é enrolação.
3º - Persistência: Como uma criança que quando quer algo faz o que for necessário para conseguir, assim deve ser um profissional ao alcance de resultados. Já estabeleceu sua meta? Então vá até o fim, pague o preço, não hesite diante dos obstáculos. O que você não pode permitir é intimidação diante de um “não” do cliente, se abater por causa de uma reclamação ou se apavorar por causa de uma ação do concorrente. O bom profissional é aquele que se supera a cada dia, cresce nos momentos de dificuldade e só comemora quando sabe que teve persistência suficiente para bater sua meta.
4º - Foco: É impossível ter foco em duas coisas ao mesmo tempo e sem ele pouco provável que alguém atinja uma meta. Outro detalhe importante é que o foco não deve ser no produto e sim no cliente. Ou seja, é imprescindível descobrir de que forma o seu produto pode satisfazer as necessidades do seu cliente. Fique atento: foco é força.Quando se fala em meta não existe “quase” ou “mais ou menos”. Da mesma forma que não existe uma mulher meio grávida, não existe uma meta meio cumprida. Independente de qual é sua, lembre-se sempre de associá-la à sua meta pessoal. Tanto no mundo dos negócios como na vida pessoal ter como garantia a possibilidade de uma segunda chance é um grande erro. Não podemos nos dar ao luxo de deixar para a próxima. Faça o que tem que fazer e viva tudo o que gostaria de viver.

Um breve comentário!!

Após alguns dias de ausência volto a publicar meus Posts. Devido ao atual momento em que a economia mundial atravessa, e frente às cobranças cada vez maiores das empresas junto aos seus executivos, farei algumas postagens sobre um assunto delicado, mas que esta muito presente: META