quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ser líder ou ser a estrela?

Os líderes raramente são as estrelas da equipe em termos de desempenho, observa o consultor e autor Tom Peters. Eles são exatamente isso: líderes, isto é, aqueles que criam as condições para a realização de objetivos, por meio dos outros membros da equipe.

O gerente ou supervisor sábio não faz esforços para ofuscar ou minimizar o brilho dos bons funcionários, mas deixa que se manifeste. Mas concentra-se não no trabalho em si, mas no trabalho de estruturar a equipe, incentivar, resolver problemas, criar as condições de base para que o desempenho seja o melhor.

Muitos novos promovidos têm dificuldade em abandonar a prática de fazer o trabalho em si, ou por gostar de fazê-lo ou por acreditar que faz melhor que qualquer um outro. Isso é caminho certo para o fracasso em qualquer posição de liderança dentro de organizações. Crie a base, dê o suporte - e deixe os melhore marcarem os gols.

Quando um líder insiste em ser um "fazedor" acaba competindo com seus funcionários, incentivando comparações conscientes ou inconscientes, mostrando subliminarmente que não confia nos liderados...e por aí adiante.
Não vale a pena.

Sinergia entre fatores de sucesso

Freqüentemente, fatores que levam ao sucesso agem juntos, dando um impacto de sinergia a uma carreira. Muitos profissionais perdem terreno porque pensam em fatores isolados e concentram grande força neles, esquecendo-se de que um pouquinho de força nos outros faria grande diferença. Exemplo: uma carreira acadêmica brilhante, com uma aparência descuidada. À medida que se juntam fatores de sucesso (por exemplo, qualidade acadêmica, boa aparência, boas relações) há um fortalecimento de cada fator isolado e do todo. Distrair-se, por outro lado, de um aspecto crítico pode criar problemas sérios.

• Faça uma lista de fatores essenciais para seu sucesso naquilo que está pretendendo realizar.
• Agora aliste os fatores que, não sendo essenciais, são desejáveis para esse sucesso.
• Verifique agora o que você está privilegiando ou negligenciando.
• Por fim, faça um plano para maximizar a realização dos fatores de sucesso.

Lembre-se de que pólvora espalhada não provoca explosão, mas junta...
Junte os ingredientes certos. E boa sorte!!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Liderando para o sucesso

Muitas pessoas imaginam a liderança como sendo apenas um processo de cima para baixo. Isto é, um processo por meio do qual o chefe obtém adesão espontânea verdadeira de seu subordinado. Sim, esse é um trajeto da liderança, mas há outros. É fundamental liderar na horizontal: ninguém leva adiante um projeto se não tiver a adesão de colegas na organização. Além disso, liderar os colegas é mais importante até mesmo que liderar os subordinados, pois, colegas não devem obediência a você e não farão as coisas na base da obrigação (o que os subordinados às vezes fazem). É preciso cativá-los. É também fundamental liderar para cima, isto é, fazer chamada liderança reversa, "ganhar" o chefe. Sem apoio do chefe, seus projetos não vão a lugar nenhum. Assim, é preciso vendê-los bem para o chefe, convencê-lo a investir tempo, dinheiro, risco emocional e profissional naquilo que você deseja fazer.

Faça uma lista das pessoas fundamentais para o sucesso de seus projetos
• Pergunte-se: Será que estou vendo tais pessoas na perspectiva certa, como parceiros a serem pontualmente liderados nas coisas que desejo fazer?
• Se você ainda não fez um curso de liderança, procure fazer. Sempre se aprende algo útil para a vida em organizações.
• Quais as áreas em que você tem encontrado barreiras? Qual é sua visão das pessoas dessas áreas? Saiba que nessa visão pode estar o problema. Mude a visão, se for o caso.
• Jamais pense que qualquer projeto, por melhor que seja, andará sozinho. Sem liderança, nada vai avante.

Liderança em toda a hierarquia

Só os de cima lideram. Os de baixo seguem e ponto final. Eis uma idéia cada vez mais ultrapassada. "Todos podem liderar em todos os níveis; não há desculpas", diz Michael Useem, diretor do Centro para Liderança e Gerência de Mudanças da Wharton University, um pesquisador. Mesmo o profissional que não têm subordinados pode e deve ser líder, observa a professor Anne Cummings, também da Wharton, porque devem exercer a liderança horizontal ou a liderança para cima, como diz Useem.

Algumas constatações óbvias:
• Se alguém está ocupando um posto tem de mostrar a que vem. Logo, tem de fazer valer as boas práticas recomendadas por aquele posto específico. Assim, no que diz respeito à autoridade e responsabilidade do posto, é fundamental liderar para baixo, para os lados e para cima.
• Se não há liderança para cima, quem perde é a empresa, pois ela acaba virando modelo concebido por gente que, embora no topo, tem visão parcial das questões. Não se pode perder a riqueza da visão da equipe.
• O chefe autoritário que abafa seus funcionários atrapalha a empresa e acaba perdendo também. O melhor jeito de alguém atingir o sucesso é fazendo o certo, venha a idéia de onde vier. Logo, dar força a pessoas dos escalões abaixo, isto é, deixar gente de baixo liderar, é fundamental.